Quem já andou nas antigas Honda Shadow 500 e na falecida Yamaha Virago 1100, sabe o sofrimento que era quando se estava a mais de 100km/h e, de repente, nos víamos dentro de um buraco na pista. A reação numa XTZ, Bros, ou até mesmo CG Titan, que são motos populares, não seria tão dramática como nas nossas antigas customs que nos davam um choque físico na coluna que iríamos sentir nos próximos 20 dias. O que quero dizer, é que as grandes marcas sofreram evoluções. A Honda substitui o sistema de amortecimento da Shadow e, como é uma moto cara, reajuste no preço final a nível de segurança e conforto foram muito bem aceitos. A Yamaha, de tão queimada que a Virago ficou, a tirou de vez do mercado em todas as suas versões para substituí-la pela Drag Star e, posteriormente, pela Midnight Star e, nunca mais, se atreveu a fazer uma custom de pequena cilindrada como a Viraguinho 250 que sucumbiu justamente porque ficaria sem público alvo se passasse por um reajuste do sistema de amortecimento, já que o preço final subiria demais a ponto do público de uma 250 optar por outra mais vantajosa.
Então, temos duas coisas bem definidas em relação às customs: são motos para viagem e totalmente centradas em conforto. Sabendo disso, podemos cortar a maior parte dos elementos que fazem uma custom ser uma custom de uma mini-custom. Exemplificando: para justificar o preço baixo, uma mini-custom não tem nenhum sistema diferenciado de amortecimento, tampouco um sistema anti-vibração; a velocidade final e retomadas perdem para as concorrentes urbanas e on/off road; o conforto é questionável e a imponência é nula. Numa tentativa de redefinir o conceito das mini-customs, dá para dizer que são customs urbanas. Mas... peraí?! Aceitando uma pessoa que realmente ache o design das customs mais chamativo, valeria mesmo a pena relar os pés no chão em toda rotatória da cidade, reduzir a velocidade a 20km/h tendo que entortar a moto em todo quebra-molas para que a moto não raspe, sendo que o consumo e a velocidade final são semelhantes às concorrentes puramente urbanas, somente pelo design?! Se colocarmos numa tabela custo/benefício para motos populares, uma mini-custom perde em tudo para as urbanas e até mesmo para os scooters. Tendo como único ponto forte o design, ainda variável de pessoa para pessoa, não é um bom investimento. De qualquer maneira, como dizemos em administração: onde há público, há mercado. O brasileiro comum não é muito de pensar, não gosta de pesquisar antes de comprar e estudar as vantagens e desvantagens. Gosta mesmo é de ir na lábia do vendedor e achar que está tudo certo e, muitas vezes quando caem do cavalo por própria ignorância, recorrem ao tão lotado Procon. De qualquer maneira, essa história de Procon não tem nada a ver com a história das customs, mas exemplifica as atitudes babacas da maioria dos cidadãos desse país.
Já que há mercado, vamos às comparações. Bom, a Mirage 150 veio para bater de frente com a duvidosa Dafra Kansas 150 e a regressiva Suzuki Intruder 125. É até estranho incluir a Suzuki Intruder no critério de mini-custom já que ela está mais para CG bolinha retrô. Já exemplifiquei em outro post meu desprezo por essa oficial moto dos carteiros, tanto quanto a minha decepção com a Suzuki. É um mercado irracional, mas ele existe e estava carentíssimo até a chegada da Kansas, que apesar de ser de péssima qualidade, vende que nem água. Muitos dos que ainda estavam em dúvida para pegar uma Kansas, se sentirão mais satisfeitos com a nova Mirage que é, de longe, superior às concorrentes. Consegue vir com sistema de amortecimento bem conceituado, sistema anti-vibração e sissi-bar mantendo o preço (sugerido) de R$ 5.390,00. Além de tudo, é uma réplica bem feita da Mirage 250, dona de um desenho inquestionavelmente superior às suas concorrentes. Só deixou a desejar por vir carburada num mercado que já conhece as maravilhas da injeção eletrônica. De qualquer maneira, suas concorrentes também são carburadas. Colocando em comparação, ela ganha em tudo de todas. Talvez a revenda seja um pouco mais difícil mas para quem já está dando a cara a tapa topando uma custom urbana, revenda não é um problema, ainda mais que poderá até ser contornado já que a popularização desse segmento só cresce no país, logo, a revenda melhora.
Então, temos duas coisas bem definidas em relação às customs: são motos para viagem e totalmente centradas em conforto. Sabendo disso, podemos cortar a maior parte dos elementos que fazem uma custom ser uma custom de uma mini-custom. Exemplificando: para justificar o preço baixo, uma mini-custom não tem nenhum sistema diferenciado de amortecimento, tampouco um sistema anti-vibração; a velocidade final e retomadas perdem para as concorrentes urbanas e on/off road; o conforto é questionável e a imponência é nula. Numa tentativa de redefinir o conceito das mini-customs, dá para dizer que são customs urbanas. Mas... peraí?! Aceitando uma pessoa que realmente ache o design das customs mais chamativo, valeria mesmo a pena relar os pés no chão em toda rotatória da cidade, reduzir a velocidade a 20km/h tendo que entortar a moto em todo quebra-molas para que a moto não raspe, sendo que o consumo e a velocidade final são semelhantes às concorrentes puramente urbanas, somente pelo design?! Se colocarmos numa tabela custo/benefício para motos populares, uma mini-custom perde em tudo para as urbanas e até mesmo para os scooters. Tendo como único ponto forte o design, ainda variável de pessoa para pessoa, não é um bom investimento. De qualquer maneira, como dizemos em administração: onde há público, há mercado. O brasileiro comum não é muito de pensar, não gosta de pesquisar antes de comprar e estudar as vantagens e desvantagens. Gosta mesmo é de ir na lábia do vendedor e achar que está tudo certo e, muitas vezes quando caem do cavalo por própria ignorância, recorrem ao tão lotado Procon. De qualquer maneira, essa história de Procon não tem nada a ver com a história das customs, mas exemplifica as atitudes babacas da maioria dos cidadãos desse país.
Já que há mercado, vamos às comparações. Bom, a Mirage 150 veio para bater de frente com a duvidosa Dafra Kansas 150 e a regressiva Suzuki Intruder 125. É até estranho incluir a Suzuki Intruder no critério de mini-custom já que ela está mais para CG bolinha retrô. Já exemplifiquei em outro post meu desprezo por essa oficial moto dos carteiros, tanto quanto a minha decepção com a Suzuki. É um mercado irracional, mas ele existe e estava carentíssimo até a chegada da Kansas, que apesar de ser de péssima qualidade, vende que nem água. Muitos dos que ainda estavam em dúvida para pegar uma Kansas, se sentirão mais satisfeitos com a nova Mirage que é, de longe, superior às concorrentes. Consegue vir com sistema de amortecimento bem conceituado, sistema anti-vibração e sissi-bar mantendo o preço (sugerido) de R$ 5.390,00. Além de tudo, é uma réplica bem feita da Mirage 250, dona de um desenho inquestionavelmente superior às suas concorrentes. Só deixou a desejar por vir carburada num mercado que já conhece as maravilhas da injeção eletrônica. De qualquer maneira, suas concorrentes também são carburadas. Colocando em comparação, ela ganha em tudo de todas. Talvez a revenda seja um pouco mais difícil mas para quem já está dando a cara a tapa topando uma custom urbana, revenda não é um problema, ainda mais que poderá até ser contornado já que a popularização desse segmento só cresce no país, logo, a revenda melhora.